5.8.09

ANTÓNIO DACOSTA





ÁLAMO OLIVEIRA

ilha


a ilha ao fundo__funda saudade
que emerge do horizonte.
azulíneos__os gestos do pincel
sedimentam as águas
de míticas inquietações.

ninguém sabe que peixes
habitam no mar.
se há nevoeiro dom sebastião não vem.
o céu__único infinito que passa
pela janela da casa de janville.

no peitoril__os calos dos cotovelos do silêncio.

(de antónio porta-te como uma flor, edições Salamandra, 1998 - o quadro acima acompanha o poema, nesta edição)

Sem comentários: