WALLACE STEVENS
XIX
 
Quem me dera que pudesse reduzir o monstro a
Mim mesmo, e pudesse então ser eu mesmo
 
Face ao monstro, ser mais do que parte
Dele, mais do que o monstruoso tocador de
 
Um dos seus monstruosos alaúdes, não ser
Só, mas reduzir o monstro e ser,
 
Duas coisas, as duas em simultâneo numa,
E tocar do monstro e de mim mesmo,
 
Ou melhor, não de mim mesmo de modo algum,
Mas de algo como a sua inteligência,
 
Sendo o leão no alaúde
Perante o leão encerrado em pedra.
(de O Homem da Viola Azul, tradução de Maria Adelaide Ramos, Relógio d'Água, 2005 / The Man with the Blue Guitar, 1937)
XIX
Quem me dera que pudesse reduzir o monstro a
Mim mesmo, e pudesse então ser eu mesmo
Face ao monstro, ser mais do que parte
Dele, mais do que o monstruoso tocador de
Um dos seus monstruosos alaúdes, não ser
Só, mas reduzir o monstro e ser,
Duas coisas, as duas em simultâneo numa,
E tocar do monstro e de mim mesmo,
Ou melhor, não de mim mesmo de modo algum,
Mas de algo como a sua inteligência,
Sendo o leão no alaúde
Perante o leão encerrado em pedra.
(de O Homem da Viola Azul, tradução de Maria Adelaide Ramos, Relógio d'Água, 2005 / The Man with the Blue Guitar, 1937)
 
 
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