13.1.04

[mesmo sem perceber nada do assunto, sugiro ao Tiago, em face das últimas notícias, que comece a fazer-se acompanhar deste poema:]

JOÃO LUÍS BARRETO GUIMARÃES

ANSIEDADE


Os
últimos passos do dia pela casa
são os meus. Cerro a
porta de entrada na
última ronda pela sala
deixo
o ruído da noite tocar a
ruína da alma. A
manhã que vai trazer? Será dia de perder? Na
arte
da grande roleta: o que irá tocar aos meus?
A
trégua que ora me assola parece
querer demorar
mãe e
filha já dormem dentro deste território onde
devo parecer norte
onde me
toca
ser homem.

(de Rés-do-Chão, Gótica, 2003)

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