[em Barcelona, ainda]Nestes dias aqui a poesia que mais me tem ocorrido é a de
Ângelo de Lima. Parece-me que isso se deve â leitura e escuta permanente da língua catala, que faz tangentes (e secantes...) ao francês, ao italiano, ao castelhano e parece-me que também ao basco e eventualmente ao árabe, numa confusa sugestao babélica.
Mas creio que também Miró e Gaudí sao responsáveis por esta ocorrência em mim do habitante de Rilhafoles. Considerando, claro, as diferenças:
a arquitectura é sobretudo a arte de ocupar o espaço, de estar presente;
a pintura ensina a voar, a pairar, a flutuar sem espaço;
a poesia é, como lembra Luiza Neto Jorge, aprender a cair - perder o espaço.
(E quando as três se juntam?)