T. S. ELIOT
IV
Descendo a pomba corta o ar
Com chama de incandescente terror
Cujas línguas anunciam
A única remissão do pecado e do erro.
A única esperança, ou então desespero
Reside na escolha da pira ou da pira –
Para sermos redimidos do fogo pelo fogo.
Quem, então, inventou o tormento? O amor.
O amor é o Nome mal conhecido
Atrás das mãos que teceram
A intolerável camisa de chamas
Que o poder humano não pode arrancar.
Nós apenas vivemos, apenas suspiramos
Consumidos pelo fogo ou pelo fogo.
(da sequência «Little Gidding», in Quatro Quartetos, tradução de Maria Amélia Neto, Edições Ática, 1983 / original de Four Quartets, 1943)
IV
Descendo a pomba corta o ar
Com chama de incandescente terror
Cujas línguas anunciam
A única remissão do pecado e do erro.
A única esperança, ou então desespero
Reside na escolha da pira ou da pira –
Para sermos redimidos do fogo pelo fogo.
Quem, então, inventou o tormento? O amor.
O amor é o Nome mal conhecido
Atrás das mãos que teceram
A intolerável camisa de chamas
Que o poder humano não pode arrancar.
Nós apenas vivemos, apenas suspiramos
Consumidos pelo fogo ou pelo fogo.
(da sequência «Little Gidding», in Quatro Quartetos, tradução de Maria Amélia Neto, Edições Ática, 1983 / original de Four Quartets, 1943)