[a propósito e em complemento da evocação que faço na Terra da Alegria, deixo aqui um soneto de um homem lúcido, generoso e bom]
Padre ABEL VARZIM
Que fazes tu aí, oh! Cristo antigo,
Pregado nessa Cruz, eternamente?
Liberta a tua mão omnipotente,
Desprega esses teus pés... e vem comigo!
Não sabes que, sem Ti, nada consigo?
Não vês que fazes falta a tanta gente?
Oh! vem de novo como antigamente,
Viver connosco e nós contigo!
Não vens? Não queres ouvir a humilde prece
Num Mundo que, sem Ti, desaparece,
Vencido pela morte e pela dor?
Não vens? Não pode a Cruz ficar sozinha?
Pois bem: Permite, então, que seja minha!
Eu fico nela... e desce Tu, Senhor!
(publicado pela primeira vez por Domingos Rodrigues em Abel Varzim - Apóstolo Português da Justiça Social, Rei dos Livros, 1990)
[e isto anda tudo ligado: o Miguel desabafa sobre a necessidade do sobressalto para ultrapassar a dificuldade da oração quando o Tim constata que "o Amor é talvez a chave que desequilibra a favor do Bem os pratos da balança do acaso", frase que remete para o que o Lutz nos dirá na próxima 2ª feira]
Padre ABEL VARZIM
Que fazes tu aí, oh! Cristo antigo,
Pregado nessa Cruz, eternamente?
Liberta a tua mão omnipotente,
Desprega esses teus pés... e vem comigo!
Não sabes que, sem Ti, nada consigo?
Não vês que fazes falta a tanta gente?
Oh! vem de novo como antigamente,
Viver connosco e nós contigo!
Não vens? Não queres ouvir a humilde prece
Num Mundo que, sem Ti, desaparece,
Vencido pela morte e pela dor?
Não vens? Não pode a Cruz ficar sozinha?
Pois bem: Permite, então, que seja minha!
Eu fico nela... e desce Tu, Senhor!
(publicado pela primeira vez por Domingos Rodrigues em Abel Varzim - Apóstolo Português da Justiça Social, Rei dos Livros, 1990)
[e isto anda tudo ligado: o Miguel desabafa sobre a necessidade do sobressalto para ultrapassar a dificuldade da oração quando o Tim constata que "o Amor é talvez a chave que desequilibra a favor do Bem os pratos da balança do acaso", frase que remete para o que o Lutz nos dirá na próxima 2ª feira]