ANTÓNIO RAMOS ROSA
Para que o verso vibre que fascine o silêncio
e deslize na brancura sem ser um prisma de pétalas
Ó pura timidez aveludado tremor
de um pássaro! Arco
de água subtil
arco de ser ninguém
de nulo olvido
lâmpada de anémona
Como a água sobe à água da retina
como a flor se desfaz m torno do seu centro
assim o poema caminha para a nudez
enquanto como cílios as suas sílabas vibram
dilaceradas consoladas pelo olvido
entre dois silêncios de árvores
(de As Espirais de Dioniso, Pedra Formosa, 1997 - Arco Imperfeito)
8.5.04
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