JEAN-CLARENCE LAMBERT
"FRAGMENTOS E LEGENDAS"
As palavras por vezes refugiam-se
no interior da boca
por detrás dos dentes
Enquanto esperas, diz ele, toma atenção
às coisas que não tiveram começo
a isso que é tão negro como o coração.
Estamos em desacordo, eu e a minha sombra.
Em todas as coisas faço parte do abismo.
Uma temporada fora do inferno,
sob as estrelas frias.
Movimentos impecáveis em direcção ao inacessível.
Transportar o que sobra dos acontecimentos para outro
presente, se possível anterior.
E tudo isto acontece na fenda entre a questão e a resposta.
(tradução de Casimiro de Brito, in Poesia em Lisboa 2000, Casa Fernando Pessoa e P.E.N. Clube Português, 2000)
Sempre e só Ilinóis
Há 1 hora
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