24.10.05

[outros melros XXX]

ANTÓNIO LEITÃO

XIII


Canta um melro triste
pelo mato denso;
triste porque o penso,
canta, logo existe.
Quem dera soltar-se
da Filosofia,
melro sem Descartes,
pura melodia!

(de O Tempo e o Sonho, 1989)

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