ERNEST HEMINGWAY
Vestiu-se, ainda húmido da água do mar, enfiou o boné no bolso e subiu o caminho com a bicicleta às costas e depois montou, conduzindo a máquina pela colina acima, sentindo nas pernas a falta de treino enquanto premia as solas dos pés contra os pedais, ganhando uma marcha que o levava estrada acima como se ele e a bicicleta fossem animais de uma carroça. Depois, desceu, as mãos tocando os travões, descrevendo curvas rápidas, passando veloz pelos pinheiros, até às traseiras do hotel, onde o mar brilhava azul para lá das árvores.
(excerto de O Jardim do Éden, tradução de Ana Maria Sampaio)
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