ANA HATHERLY
AS PALAVRAS DIRIGEM-SE UMAS ÀS OUTRAS
As palavras dirigem-se umas às outras:
dormentes nos dias cinzentos
acordam nos sonhos
mas acordam-nos dos sonhos
salvadoras-matadoras
roedoras de raízes
O seu alcance é
a vastidão erma do sentido
À flor do rio do olvido
o seu brilho
flutua fugaz no corpo da grafia
(de O Pavão Negro, Assírio & Alvim, 2003)
Luzes
Há 5 horas
3 comentários:
Gostei bastante da selecção dos poemas.
Bem hajas pelo gosto e pela divulgação da poesia portuguesa.
Abraço
Nunca aqui escrevi mas visito quase diariamente. Continue a postar; distribuir poesia na rua, para todos, sem excepção, é um bem maior que muita falta nos faz, nos dias que correm.
votos de um bom ano
margarida
instigante poema que nos leva a pensar na causa e nos efeitos das palavras...
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