Paris, Museu do Louvre
MARIA ÂNGELA ALVIM
VITÓRIA DE SAMOTRÁCIA
Não aqui, - além é que existes. Teu vôo
demais amplo na extensão dos olhos
de tão curto olhar,
em tempo de pausa acompanhamos.
Mito
anjo
graça
alma de dança
teu corpo era paixão na pedra.
... Param os passos,
espraia-se o mar
onde arrebatas as vestes do vento,
ó vertigem de ser e de estar!
(de Barca do Tempo (1950-1955), 1962 - in Superfície / toda poesia, Assírio & Alvim, 2002)
3 comentários:
peço desculpa estar a tornar-me uma comentadora post-sim post-sim. mas, de facto, este poema... boqueabre qualquer coração. desconhecia a poeta.
obrigada por este serviço público.
De facto, Ana, o teu comentário "obrigou-me" a acrescentar a referência à edição portuguesa da poesia reunida de Maria Ângela Alvim, q de facto, a avaliar pelos seus poemas, é/foi um "espírito de excepção".
há-de ser uma das minhas próximas aquisições. há poetas que nos conquistam só com um poema, outros só com um verso, outros que precisam de muitos livros.
obrigada pela referência bibliográfica mais precisa. mais preciosa.
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