28.7.04

Genocídio em Darfur

O Nuno da Rua da Judiaria tem estado a chamar a atenção, desde sexta-feira, para o genocídio que está nestes dias a acontecer no Sudão.

O boletim da Agência Ecclesia desta semana, também denuncia a situação e dá conta de alguns esforços que estão a ser desencadeados. Transcrevo:

«Ajuda para o Sudão
O enviado especial de João Paulo II ao Sudão, o arcebispo Josef Cordes, pediu aos católicos do mundo que se mobilizem por meio das instituições católicas de assistência, como a Cáritas, para sair em ajuda das populações do Darfur. O arcebispo, presidente do Conselho Pontifício "Cor Unum", fez uma análise dramática da situação no Darfur, região ocidental do Sudão, numa entrevista concedida à agência televisiva Rome Reports.
"Fala-se de dois milhões de refugiados, é um genocídio como o do Ruanda, mas em câmara lenta", assegura. Para explicar a origem do conflito, o prelado refere que "o povo sentia que não era bem tratado. Deste modo, criou-se um grupo de rebeldes que empreendeu a guerra contra o governo, contra o Estado". "Agora o governo actua contra eles para restabelecer a ordem e não parece que o faça da melhor maneira. Utiliza grupos milicianos tribais para atacar a população de Darfur", explica o arcebispo, após constatar que cerca de dez mil pessoas morreram neste conflito regional nos últimos meses.
A Caritas Internacionalis fez um apelo de forma a recolher dezoito milhões de dólares para levar ajuda, água, medicamentos e construir refúgios no Darfur. O presidente do "Cor Unum", que visita em nome de João Paulo II os locais do mundo mais afectados pela guerra ou pelas catástrofes naturais lamenta que o governo de Cartum "não facilite o acesso para fazer chegar estas ajudas às populações" e pede que "a comunidade internacional faça pressão sobre o governo do Sudão".
A Caritas Internationalis, confederação de 154 organizações católicas de ajuda, desenvolvimento e serviço social, já alertou para os números da crise humanitária no Darfur, província sudanesa, assinalando que mais de 1 milhão e 200 mil pessoas foram forçadas a abandonar os seus lares e estão espalhadas por um território duas vezes superior ao de França. As Nações Unidas estimam que mesmo que a ajuda internacional seja imediatamente entregue, 300 mil pessoas estão em risco de morte.»

Entretanto, a mesma agência acrescenta on-line mais desenvolvimentos.

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