3.7.04

LUÍS FILIPE CASTRO MENDES

O verso de Sophia é como a luz
que cruamente rasga a natureza:
alucina a visão que nos reduz
à imagem tangente da justeza.
O rigor do seu ver torna a verdade
no desenho exterior de um pesadelo:
que a injustiça rói esta cidade
e deserta as palavras sem apelo.

(in Relâmpago nº 9, 10/2001 - número de homenagem a Sophia)

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