LUÍS FILIPE CASTRO MENDES
O verso de Sophia é como a luz
que cruamente rasga a natureza:
alucina a visão que nos reduz
à imagem tangente da justeza.
O rigor do seu ver torna a verdade
no desenho exterior de um pesadelo:
que a injustiça rói esta cidade
e deserta as palavras sem apelo.
(in Relâmpago nº 9, 10/2001 - número de homenagem a Sophia)
Praga, 17.11.1989 – A «Revolução de Veludo»
Há 5 horas
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