(entre o Nobel e os Óscares - post com algum atraso)
W. B. YEATS
A ILHA DO LAGO DE INNISFREE
Sim, partirei já, partirei para Innisfree,
E aí uma pequena cabana edificarei, uma cabana de argila e canas:
Plantarei nove renques de feijão e haverá uma colmeia,
E solitário entre o rumor das abelhas viverei.
E alguma paz desfrutarei, porque como lenta gota é a paz,
Desprendendo-se dos véus da manhã até ao lugar onde o grilo canta;
Eis aí a meia-noite de esplendor, o meio-dia de fulgurante púrpura,
E uma plenitude de asas cantantes o entardecer.
Ergo-me e vou, parto com a noite, parto com o dia,
Oiço as águas do lago, o seu murmúrio junto à costa;
Seja pelos caminhos, seja pelas sombrias ruas,
Oiço esse murmúrio no mais fundo do coração.
(de Uma Antologia, selecção e tradução de José Agostinho Baptista, Assírio & Alvim, 1996 - o original pertence a The Rose, 1893)
POEMS FROM THE PORTUGUESE
Há 1 hora
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