8.7.07

ANTÓNIO RAMOS ROSA

Cavalo, cavalo da terra, saltas sobre
toda a pobreza chã ou obstáculo.
O vigor da palavra é evidência acesa
é saber-te do chão até à crina.

Quem te arranca a força de raiz
em que vale te cavam ou te calam,
de perfil ou de fronte és cavalo sempre,
cavalo de sempre.

O teu nome é uma parede que nos fala
sobre o teu silêncio. E é um nome
que não se excede e horizontal se lê,
a prumo.

(de Ciclo do cavalo, Limiar, 1975)

2 comentários:

Dewilme disse...

Ola, como estou actualmente a iniciar um blog sobre, cultura, arte e literatura (principalmente poesia) francesa, estou a dar uma vista de olhos nos outros blogs e o teu pareceu fantastico. continuação de um bom trabalho. (intimites.blogspot.com)

Rubens da Cunha disse...

muito bom este poema.
excelente blog.
abraços
rubens