[a propósito da poesia russa num certo blog]
BORIS PASTERNAK
INSÓNIA
Que horas são? É escuro. Quase as três.
Parece que não torno a fechar os olhos.
O pastor da aldeia faz estalar o chicote à alvorada.
O vento frio soprará na janela
que dá para o pátio.
E estou só.
Não é verdade. Com
toda a onda penetrante do teu
ser puro, tu estás comigo.
(in Poetas Russos, tradução e prólogo de Manuel Seabra, Relógio d'Água, 1995)
4.7.07
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