à maria khépri
beleza enquanto processo respiratório
ela solve mecanicamente o sangue
quando inspira melancólico outro dia
uma pequena árvore mostra-me as asas
os vôos impróprios que lhe descobre
as luzes ofuscadas do seu límpido sono
e então expira, tal prazo que não li
processa-se ante um corpete apertado
uma respiração dúbia
obstinadamente reflectiram o silêncio
os passeios dos lagos espelhados
a raiva dos campos de batalha
e é esta causa justa que lhe vejo
entre a penumbra
músculos da boca tendem a sorrir
a não sorrir
é inconsolável esta cura que
com as rédeas bem presas
deixa de processar um esteta.
(daqui)
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