NOMEIO O MUNDO
Com medo de o perder nomeio o mundo,
Seus quantos e qualidades, seus objectos,
E assim durmo sonoro no profundo
Poço de astros anónimos e quietos.
Nomeei as coisas e fiquei contente:
Prendi a frase ao texto do universo.
Quem escuta ao meu peito ainda lá sente
Em cada pausa e pulsação, um verso.
14.9.59
(de O Verbo e a Morte, 1959)
2 comentários:
Excelente escolha.
:)
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