[poemas com o Papa por cá - I]
JOSÉ AUGUSTO MOURÃO
das coisas peregrinas
que ousemos o entusiasmo
da luz de cada dia,
a agilidade dos vindimadores
socalco acima
mantém-nos, Deus ao rés da terra
e altos, de inquietos, vigilantes voos
não se esgotem as cisternas
da paciência para a vida,
nem os agapantos azuis
nos encharquem de clandestina morte
dá-nos o paladar das coisas peregrinas,
o lugar do vento que não sabe donde,
o sítio dos comboios nos apeadeiros breves
que no rodopio das horas
a tua mão nos mostre o pino do sol
e o cheiro a mosto e a pão de milho
anuncie a ceia, a mesa da justiça, do bem e da beleza
(de dizer DEUS ao (des)abrigo do Nome, 1991)
11.5.10
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