BREYTEN BREYTENBACH
HÁ UM PÁSSARO IMENSO...
há um pássaro imenso meu amor
talvez um cisne selvagem
ou um albatroz cativo
ou falcão da montanha meu amor
de imenso e luminoso pico de neve
o seu rumo nocturno não podemos vê-lo
pois negro é o seu peito e o seu bico
mas o seu canto vibra como uma estrela
o dorso, e as ósseas penas, são azuis
e assim, também de dia não o vemos
porque voa, na altura, de ventre virado ao sol
dele, apenas, por vezes, duas sombras
atravessam teus olhos meu amor
dúbia é a cor da cor do meu amor
escuro rondando o escuro, noite minha
e sempre, sempre entre os meus olhos e eu
(tradução de Mário Cesariny, in Enquanto Houver Água na Água e outros poemas, Publicações Dom Quixote, 1979)
HÁ UM PÁSSARO IMENSO...
há um pássaro imenso meu amor
talvez um cisne selvagem
ou um albatroz cativo
ou falcão da montanha meu amor
de imenso e luminoso pico de neve
o seu rumo nocturno não podemos vê-lo
pois negro é o seu peito e o seu bico
mas o seu canto vibra como uma estrela
o dorso, e as ósseas penas, são azuis
e assim, também de dia não o vemos
porque voa, na altura, de ventre virado ao sol
dele, apenas, por vezes, duas sombras
atravessam teus olhos meu amor
dúbia é a cor da cor do meu amor
escuro rondando o escuro, noite minha
e sempre, sempre entre os meus olhos e eu
(tradução de Mário Cesariny, in Enquanto Houver Água na Água e outros poemas, Publicações Dom Quixote, 1979)
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