14.12.13

EMILY DICKINSON


The Poets ligh but Lamps
Themselves — go out — 
The Wicks they stimulate —
If vital Ligh

Inhere as do the Suns — 

Each Age a Lens 
Disseminating their 
Circunference —

[c. 1864]


Os Poetas acendem Lâmpadas —
Mas eles próprios — se apagam —
As Torcidas que espevitam —
Se Luz vital

Como aqui são as dos Sóis —
As Eras Lentes
Disseminando a deles
Circunferência.


(tradução de Jorge de Sena, in 80 Poemas, edições 70, 1979)


Não faz mais do que acender Lâmpadas —
O Poeta — e vai-se embora —
São os Pavios que ele activa —
Se a Luz vive

Sempre, como um Sol —
Cada Época é uma Lente
Disseminando a sua
Esfera —


(tradução de Nuno Júdice, in Poemas e Cartas, Livros Cotovia, 2000)


Os Poetas apenas ateiam Chamas —
Eles próprios — extinguem —
Os Pavios que acendem —
Se a Luz vital 

E inerente como nos Sóis —
Cada Idade uma Lente
Disseminando-se
Circularmente —


(tradução de Cecília Rego Pinheiro, in Esta é a Minha Carta ao Mundo e outros poemas, Assírio & Alvim, 1997) 


Os Poetas só Lâmpadas acendem —
Eles próprios — extinguem-se —
E os Pavios que estimulam —
Se a Luz da vida

De si mesma se gera como os Sóis —
Cada Era uma Lente
Disseminando a sua
Circunferência —


(tradução de Ana Luísa Amaral, in Cem Poemas, Relógio d'Água, 2010)


1 comentário:

luís ene disse...

é sempre muito muito interessante ler traduções, sobretudo, de poemas