27.1.05

Hoje, no Público, Augusto M. Seabra lembra a célebre frase de Théodor Adorno: "Depois de Auschwitz não é mais possível escrever poesia.", referindo que tal máxima viria a ser contrariada, citando alguns exemplos: David Rousset, Primo Levi, Robert Antelme e Paul Celan.
Não refere, infelizmente, aquele que creio ser o melhor dos exemplos: Nelly Sachs (1891-1970), uma judia alemã que testemunhou os sofrimentos dos seus irmão de raça e crença e que o pôs em palavras numa obra poética intensa, mas também cheia de esperança, vindo a receber o Nobel da Literatura em 1966.

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