20.2.05

CLIVE BRANSON

DOMINGO À TARDE


Aragem delicada que basta para agitar
poeira leve, pequena folha, pela asa de um insecto

música de dança na telefonia; entre o prisioneiro
e a rapariga vestida como rosa, um sorriso.

Uma folha, uma rã, uma sombra, um pedaço de papel,
um gotejar de água, ler, escrever,

coisas que numa calma mais funda do que tudo
levaram toda a tarde à deriva no canal.

(tradução de João Ferreira Duarte, in Leituras - poemas do inglês, Relógio d'Água, 1993)

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