31.8.05

[outros melros XXIX]

JOÃO CAMILO

4

O tambor do revólver
roda
à volta no teu sangue.
Melro inquieto das tuas veias.
O ponto de mira no cano
da pistola
descobriu o meu olhar,
acompanha-me:
quotidiano como os minutos
e segundos
do nosso encontro
na escada.

(de Para a Desconhecida, 1983)

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