[quarta-feira, da Alegria]
NATÉRCIA FREIRE
TERRA
Da Verde rua parada
Ao verde campo das sombras
Vai pouco mais do que nada.
Vai uma lua redonda
Vai o silêncio da estrada.
Vai um perfume sem nome
De raízes e de terra
Da terra que é fome e come.
Do meu corpo sob a lua
Ao teu leito sob o vento
Vai um quadrante de amor
Sonolento...
Terra, terra que me queres...
Como os homens à mulheres...
(de A Segunda Imagem, 1969)
31.5.06
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