31.5.06

[quarta-feira, da Alegria]

NATÉRCIA FREIRE

TERRA


Da Verde rua parada
Ao verde campo das sombras
Vai pouco mais do que nada.

Vai uma lua redonda
Vai o silêncio da estrada.

Vai um perfume sem nome
De raízes e de terra
Da terra que é fome e come.

Do meu corpo sob a lua
Ao teu leito sob o vento
Vai um quadrante de amor
Sonolento...

Terra, terra que me queres...
Como os homens à mulheres...

(de A Segunda Imagem, 1969)

Sem comentários: