RUI CARLOS SOUTO
DIFÍCIL REALIDADE
Sair ao encontro das árvores
É produzir refúgio
É reduzir tudo a encontrar
Coisas
Depois vemo-nos rodeados
Por janelas
Que não alcançam
Depois as ruas
Misturam-se com as palavras
E falam em monólogo
Com as folhas
É o fumo do tabaco
Perto ao sol
As bailarinas
Junto aos olhos
O movimento lento
Do tempo
Esgota-se o sonho
Até ao limite
Num equilíbrio mascarado
Ou na ilusão
É o cansaço que se bebe
Num certo fechar
De olhos
Certa forma inquieta
De despertar
(de Maneiras de Andar, Black Sun editores, 2001)
Pra não dizer que não falei das flores
Há 11 horas
3 comentários:
Rui, fico contente por gostares das «Maneiras de Andar» do Rui.
Em Setembro, vou publicar-lhe o novo livro de poesia.
Caro Felipe Dias,
Já fui ao seu blog. Os seus dois poemas são maus. Ainda tem de aprender a trabalhar a forma; poetizar um tema universal e eterno como é o amor não basta.
Leia, rapaz, leia! E depois, sim, escreva.
Vítor, estas maneiras de andar são, como bem sabes, um (entre muitos) bom exemplo do que por aí anda, iluminado pela luz possível de negros sóis, à espera de leitores atentos.
Felipe, infelizmente, o Autor deste poema não sou eu: o meu nome é Rui Almeida e o do Autor é Rui Carlos Souto.
Enviar um comentário