31.7.08

VICTOR OLIVEIRA MATEUS

19


Nunca cuidei da minha vida
mas dos meus sonhos sim, que são leais e verdadeiros
e trazem a ousadia dos grandes rasgos, quando, no desnorte que
me guia, põem a tenaz luminosidade, que suaviza e alimenta


Nunca zelei, por mais necessário que fosse, por um qualquer desacerto. E da areia para o sol insisto a Luz, ao contrário do habitual. Insisto e tu ficas, ó memória inconsolada; farol a refulgir no negrume ácido da terra – irredutível solidão de todos os Viandantes


Nunca cuidei da minha vida
mas dos meus sonhos sim, que são belos e insubmissos, ante a desordem que hoje reina

(de Pelo Deserto as Minhas Mãos, Coisas de Ler, 2004)

2 comentários:

Victor Oliveira Mateus disse...

Caro Rui,

obrigado pelo gesto.

Abrç.

panaceia disse...

É REALMENTE MUITO LINDO, E DIZ-ME MUITO.

OBRIGADA.

LIA