16.10.08

EUGÉNIO LISBOA

AS ESPERADAS PALAVRAS


(...)
É sempre doloroso e, por fim, ocioso, tentarmos saber o que é e o que não é poesia. Alguém afirmou já, em desespero, que poesia é a tentativa ímpia de se pintar a cor do vento. Tudo acaba sempre, se formos honestos, numa impressão de estarmos ou não estarmos diante de um acto poético. Prova, rigorosamente, não há, por mais que o pretendam os normativos de serviço, os quais por vezes se encontram, curiosamente, entre os próprios poetas. Et pour cause!
(...)

(excerto do prefacio de A Flor que Havia na Água Parada, de Maria Judite de Carvalho, publicações Europa-América, 1998)

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