JORGE DE AMORIM
AS MÃOS
Margens derivam. Lisura
das mãos, não rígidas. Rectas.
Nem açude: a que submetas,
torrencial, a ternura.
Murmulho. Espuma: fervente
caudal! Paralelamente,
ternas, derivam. E as horas
nas palmas brancas esquivo.
Ah, mãos? Nunca agarradoras
do coração fugitivo.
(de A Beleza e as Lágrimas, edição do Autor, 1957)
POEMS FROM THE PORTUGUESE
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