DORA RIBEIRO
um poeta se faz no silêncio
em bocas sem palavras
onde as horas são becos escuros
e os lábios difíceis marcas do tempo
um poeta se faz no oco do mundo
em lugares expostos e secretos
minúsculos
mas incendiáveis
(de Outros Poemas, 1997 - in o poeta não existe, Angelus Novus / Cotovia, 2005 - Colecção Inimigo Rumor)
Ladainha dos póstumos Natais
Há 1 hora
2 comentários:
Maravilhoso, o poema. Maravilhoa Dora, de cuja poesia tanto gosto.Bom começar o dia assim.
Um beijo do lado de cá do mar, Rui.
por momentos visualizei uma ONG que ia pela rua a distribuir poesia como pão para bocas famintas
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