GWENAËLLE STUBBE
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Não passa de uma história de dentes. Esta cidade!
De dentes fixados sobre mim com toda a rapidez. Que no último segundo
recuperam a sua trajectória.
De todo o modo - Guardai os vossos dentes não preciso deles!
Todos nós somos apanhados nesta cidade, desde que lá estamos postos
pelo mínimo passo. No entanto não vereis aí nenhuma - junção do tipo -
O vosso ar agrada-me. Com vossa licença, vou ficar com ele.
Também esta semana, tenho esta sorte de me estar nas tintas e de passear por
cá
sem laços.
Mesmo que isso circule pelo dobro em cada pedaço de passeio.
E pelo meu único laço, acho que sou livre e conservo com graça nesta grande
cidade, o uso perdido da minha costela.
(tradução de Nuno Júdice, in Encontros de Talábriga - 4º Festival Internacional de Poesia de Aveiro, Limiar, 2003)
Agora taças
Há 3 horas
1 comentário:
Excelente, Rui. É por razões como esta que o teu blogue é tão especial e a visita frequente imperdível.
Obrigada e um beijo.
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