1.3.12


TERESA ZILHÃO


27

Se queres um tesouro, procura um peixe
no núcleo da maré cheia, onde na seiva
subaquática milhares habitam.
Num simétrico reencontro, nossas células
diferem mas partilham em comunhão todo
o conhecimento. Difícil será isolá-lo e
galopar até à sua guelra que cantará:
«Nada está parado pois tudo se move e tudo
vibra, olha o golfinho que tudo partilha.
Na sua ave de saber, ajuda em silêncio
e, no não manifesto – brilha... brilha.»


(de Novo Palco, Difel, 1998)

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