JOSÉ TERRA
Ah! Lanço o fumo do meu cigarro para o Universo...
Aqui há gente, caramba!
Gente com pescoço articulado para espreitar às vezes
um rumor de gente por de fora dos muros da cartuxa.
E há um poeta que se debruça à noite sobre o mar
antes de adormecer roído pelo caruncho da História.
E há paisagens inverosímeis que pousam por dentro do crânio.
Há degraus para o silêncio.
Um sábio estuda a nova fórmula da paciência.
Há os que acreditam e vão e os que vão pela porta estreita
no carrocel da morte e vêem coisas espantosas!
(de Canto Submerso, 1956)
Ah! Lanço o fumo do meu cigarro para o Universo...
Aqui há gente, caramba!
Gente com pescoço articulado para espreitar às vezes
um rumor de gente por de fora dos muros da cartuxa.
E há um poeta que se debruça à noite sobre o mar
antes de adormecer roído pelo caruncho da História.
E há paisagens inverosímeis que pousam por dentro do crânio.
Há degraus para o silêncio.
Um sábio estuda a nova fórmula da paciência.
Há os que acreditam e vão e os que vão pela porta estreita
no carrocel da morte e vêem coisas espantosas!
(de Canto Submerso, 1956)
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