ANTONIO GAMONEDA
Nasceu em Oviedo, Espanha, em 1931.
La luz hierve debajo de mis párpados.
De un ruiseñor absorto en la ceniza, de sus negras entrañas
musicales, surge una tempestad. Desciende el llanto a las
antiguas celdas, advierto látigos vivientes
y la mirada inmóvil de las bestias, su aguja fría en mi corazón.
Todo es presagio. La luz es médula de sombra: van a morir
los insectos en las bujías del amanecer. Así
arden en mí los significados.
(de Arden las Pérdidas, Abril de 2003, Tusquets editores - Nuevos textos sagrados)
A luz ferve-me debaixo das pálpebras.
De um rouxinol absorto na cinza, das suas negras entranhas
musicais, surge uma tempestade. Desce o canto às
antigas celas, advirto látegos com vida
e o olhar imóvel das bestas, a sua agulha fria em meu coração.
Tudo é presságio. A luz é medula de sombra: vão morrer
os insectos nos castiçais do amanhecer. Assim
ardem em mim os significados.
[tradução minha - há outro poema seu aqui]
12.8.03
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