FERNANDO SYLVAN
Nasceu em Dili, Timor-Leste, em 1917.
Veio para Portugal aos 6 anos. A sua vida ficou marcada pela constante luta pela liberdade e dignidade dos povos, tendo sido participante de inúmeros encontros e signatário de várias petições e protestos. Foi desde 1975 até à morte presidente da Sociedade de Língua Portuguesa.
Morreu na véspera de Natal de 1993.
IN MEMORIAM
O Dia chegou
mas
quantos
não chegaram ao Dia
(in Boca do Inferno nº 5 - Maio de 2000)
lisboa dia da raça junho de 72
CORRIGENDA
Nenhum povo é grande por ter apenas fastos a contar,
Mas pelas liberdades que soube viver
E pelo amor que tiver para dar
junho 72
POEMA HORRÍVEL
- Posso falar?
- Não!
(de Tempo Teimoso, edição do Autor 1974)
HISTÓRIA PARA AS CRIANÇAS PORTUGUESAS
Era uma vez
um país que nunca mais o era...
E estava à vossa espera.
E está.
(de Meninas e Meninos, edição do Autor, 1979)
MANIFESTO MAUBERE
A cultura é a memória
de um povo que não morre!
A acção é a história
de um povo que não morre!
Ouviram?
Ouviram bem?
A vida é a liberdade
de um povo que não morre!
A independência é a vontade
de um povo que não morre!
Ouviram?
Ouviram bem?
A justiça é a oferta
de um povo que não morre!
A luta é a descoberta
de um povo que não morre!
Ouviram?
Ouviram bem?
(de Cantogrito Maubere, edição do Autor, 1981)
50 X 9
Há 1 hora
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