[para acrescentar às outras três versões]
DYLAN THOMAS
A MÃO QUE ASSINOU O PAPEL...
A mão que assinou o papel derrubou uma cidade;
Cinco dedos soberanos decidiram a sorte,
Duplicaram os mortos, dividindo um país;
Foram cinco reis a dar a um rei a morte.
A mão poderosa levou a um ombro caído
Quando as falanges dos dedos se crisparam;
Um bico de pato pôs fim ao crime
Que pôs fim àqueles que falaram.
A mão que assinou o tratado trouxe febre,
Fez crescer a fome, vieram gafanhotos;
Grande é a mão que determina
Com um garatujar, o número de mortos.
Os cinco reis contam os mortos mas não saram
Chagas que já endureceram; nem podem afagar.
A mão governa a dor como outra mão o céu;
Nas mãos não há lágrimas que chorar.
(tradução de Victor Palla in Poemas do Inglês, Ler editora, 1985)
Ladainha dos póstumos Natais
Há 1 hora
1 comentário:
Ainda há outra versão, a do Ivan Junqueira. Abraço!
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