10.8.07

HELGA MOREIRA



É hora de endurecer palavras
num regime de tempo
Hora de entardecer agonias
e recrutar pântanos de verdade


Hora de silêncios consultados
Hora breve em tempo demorado
Hora de já é tempo sem tempo de espera


Hora de fragilidade quebrada


É hora das horas que não se viveram


(de Cantos de Silêncio, 1978)

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