14.12.08

SANDRO PENNA

As Portas do mundo não sabem
que lá fora a chuva as procura.
As procura. As procura. Paciente
afasta-se, regressa. A luz
não sabe que há chuva. A chuva
não sabe que há luz. As portas,
as portas do mundo estão fechadas;
fechadas para a chuva,
fechadas para a luz.

(in No brando rumor da vida, tradução de Maria Jorge Vilar de Figueiredo, Assírio & Alvim, 2003 – original de Poemas Inéditos (1927-1955))

Sem comentários: