LUÍSA RIBEIRO
A memória é a gaveta com as palavras eternizadas.
O incêndio alastra-se nas veias
seduz o esmagado sol das manhãs
e purifica as ideias.
Gosto dele
como do veludo e da cor dos pêssegos.
Ele fecha a porta
e desce as escadas da rua
com a lentidão sorridente da volúpia.
Fala-me num tom severo que me inutiliza…
Uma noite contou-me os poemas da mãe
e prendeu-me aí.
(À beira-mar em recanto de festa, gostei de te escutar)
(de Fogo Branco, Direcção Regional dos Assuntos Culturais / Secretaria Regional da Educação e Cultura, 1986 – Colecção Gaivota)
A «DANA» de que se fala
Há 29 minutos
1 comentário:
Quanta doçura! Gostei muito.
Enviar um comentário