GRAÇA PIRES
Todos me falam de ti
com palavras ambíguas.
Fui, eu sei, uma suspeita
de luz em teu olhar.
Virados a levante,
os meus cabelos
eram labaredas em teus dedos.
Na hora do combate
me nomeavas,
como se rezasses.
Pinto-a na minha imaginação
como a desejo, tanto na beleza
como na nobreza, disseste.
E vejo a minha expressão
na cor dos teus olhos.
Tão cúmplice, eu,
de tamanho assombro.
(de Uma extensa mancha de sonhos, editora Labirinto, 2008)
A «DANA» de que se fala
Há 51 minutos
1 comentário:
Sou seguidora da Graça. Gosto muito do que ela escreve. Este poema não foge à regra.
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