JEAN-ARTHUR RIMBAUD
ROMANCE
(excerto)
Aos dezassete anos, não somos para nos levar a sério.
- Uma bela tarde, fartos das cervejas e limonadas,
Dos cafés barulhentos de lustres rutilantes!
- acolhemo-nos junto às tílias verdes junto à estrada.
As tílias odoríferas dos entardeceres de Junho!
O ar é, por vezes, tão doce que fechamos as pálpebras;
O vento, repleto de sons - a cidade não fica longe -,
Traz-nos, de volta, perfumes de vinha, e brumas de cerveja...
[...]
- Não somos de fiar, quando temos dezessete anos e
Não faltam tílias verdes por onde passear.
29 de Setembro de 1870
(in O Rapaz Raro, Relógio d'Água, 1998 - tradução de Maria Gabriela Llansol)
dois docinhos do Xana
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