[outros melros II]
DANIEL S. G.
novamente os melros
ponderam
as nossas mãos
delicados
os olhos do outono
inaudíveis
amáveis na tristeza certa
do verso
e são a respiração
que antecede
o movimento dos gestos
os melros
*
no inverno morro devagar
com as pedras
olho a terra procuro as tulipas
e escrevo a sede
com a língua exposta dos melros
por toda a parte o ruído da água
ilumina a lentidão das horas
(de a respiração dos gestos, Difel, difusão editorial, 2000)
POEMS FROM THE PORTUGUESE
Há 1 hora
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