9.12.03

ANDRÉ BRETON

De Rimbaud, em 1913, só conhecia algumas peças de antologia. Ignorava ainda a sua famosa fórmula de rejeição:"A mão de caneta vale a mão de charrua. Que século de mãos! Nunca terei a minha!" Por meu lado, não era menor a repugnância que sentia por todas as "carreiras", incluindo a de escritor profissional. "Horror de todos os ofícios", insistirá Rimbaud...

Para si, alguma coisa se salva nessa época?

Salva-se o que a poesia e a arte puderam produzir de mais raro (...)

(de uma conversa radiofónica com André Parinaud, em 1952, incluída em Entrevistas, edições Salamandra, 1994)

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