8.12.03

G. K. CHESTERTON

Eu sempre abriguei o sentimento confuso de que havia alguma coisa de sagrado na raça inglesa, ou na raça humana, e isso me separava do pessimismo da época. Nunca duvidei que os seres humanos no interior das casas eram eles próprios quase milagrosos, como bonecas mágicas e talismânicas dentro de horríveis caixas de bonecas. Para mim, aquelas caixas de tijolos castanhos eram realmente caixas com presentes de Natal. Porque, além do mais, as caixas de Natal vêm muitas vezes embrulhadas em papel pardo. E as obras de tais construtores baratos, feitas de tijolos castanhos, eram muitas vezes semelhantes a papel pardo.

(da Autobiografia, trad. e notas de Luís de Sousa Costa, Livraria Morais editora, 1960 - Círculo do Humanismo Cristão)

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