5.1.04

[outros melros XIV]

HANS-ULRICH TREICHEL

BITS E BYTES


Isto não pode acabar bem
isto não pode ser verdade
a lengalenga da eterna
zoada a fábula do
contínuo silvar bits e
bytes escrevem os poetas
nos poemas como se fossem
girassóis como se fosse
canto de melro esse brilho
digital módulos modems
que dia a dia nos cruzam
verdes de vidro fluentes
como éter precisos como
um cintilar no cérebro

[de Como se fosse a minha vida, tradução colectiva (Mateus, Outubro de 1993) revista, completada e apresentada por João Barrento, Quetzal editores, 1994]

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