O QUE PODERÁ SER A NOITE?
Não acabará o dia ao amanhecer da idade lenta,*
nem precisaremos de saber dos silêncios que se repetem.
Não há equilíbrio em saber dizer nomes semelhantes
a tudo o que não vemos. Porém fumamos como quando
éramos apenas pobres à procura de mais sonhos que
nos fizessem lembrar terras e tempos
mais remotos e simples.
Na memória estão ainda as palavras e o que elas dizem
demoradamente.
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*verso de um poema de Francisco José Viegas, que faz hoje anos.
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