[na minha cidade não são tílias, são jacarandás, mas o fim de tarde é também bonito]
INÊS LOURENÇO
FEIRA DO LIVRO
Enfunava a laringe, relendo
as tão editadas palavras
onde ornara a humanidade campestre
da sua infância, em
vibráteis reverberações
para os jovens de trémulas pestanas
atentos na assistência à cerimónia
que o pavimento suportava, enquanto
lá fora balouçavam as tílias
acima dos bancos vermelhos,
escurecidos pelas sombras
do fim de tarde.
(de Teoria da Imunidade, Felício & Cabral, 1996)
POEMS FROM THE PORTUGUESE
Há 2 horas
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