27.2.08

[de como um leitor acha não se haver desencontrado com a memória deste poeta #5]

FIAMA HASSE PAIS BRANDÃO

Para N.G., R.B., L.N.J., C. DE O., L.M.N.
e os outros que já viveram

Tantos poetas morreram, em minha vida,
antes de mim, não só no sangue ou só na carne,
mas na portuguesa língua.
Deles fica a obra que fizeram.
Todavia vocábulos, para sempre
insonoros, ou no futuro incriados,
demonstram que os poetas todos
morrem sempre mais na língua.

(de Cenas Vivas, 2000)

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