3.2.04

MÁS COMPANHIAS I

[Não sei se é por ser meu amigo, mas acho que deviam prestar atenção ao que este rapazinho escreve.]

NUNO TRAVANCA

quando a própria virtude se conquista no mover do peito
todo um encastoado de vimes sepulcrados em mim
se agita , atordoado
contemplando a sanha doce, o papel de ontem revolto,
como um junco pueril que se disfarça em si mesmo
acontecem as violentas brisas
as quais jamais devemos sustentar ao ombro,
ou aos ombros.
quando o nosso som é redimido entre escombros
o melhor é percepcionar o mover de peito
por dentro
e imperceptível ao gesto
gritar gritar mais alto do que alguém possa
ouvir.

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